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Pessoas neurodivergentes enfrentam uma série de dificuldades sociais, como por exemplo a falta de acessibilidade em locais públicos e a imposição de normas neurotípicas e capacitistas enquanto há tentativas de se encaixar na sociedade.
Consequentemente, grande parte dessas pessoas experimentam o que é chamado de “ressaca social”, um esgotamento cognitivo causado por recorrentes situações sociais que desgastam a energia para interagir socialmente.
A ressaca social pode ser causada tanto por experiências sociais simples quanto pelas que geram grandes estímulos sensoriais e com maior quantidade de pessoas, sendo ou não presenciais ou frequentes. Embora seja comum, nem sempre pessoas neurodivergentes passarão por essa ressaca após eventos sociais.
Nesse tipo de ressaca, o corpo compreende um esgotamento diante de uma situação social e tenta obrigar um descanso através da sensação de enfermidade. Ela se manifesta de diversas formas, incluindo irritabilidade, sensação de extremo cansaço físico e mental, perda de interesse em encontros sociais, dores de cabeça ou dores físicas, febre, ansiedade e uma possível intensificação temporária da sensibilidade sensorial. Tais sintomas, sendo muitas vezes comuns em viroses, dificultam algumas pessoas a compreenderem o que está acontecendo.
É de extrema importância que as pessoas mais expostas à ressaca social busquem respeitar seus próprios limites e vontades, para que assim previnam o desconforto que a ressaca social pode causar. O apoio e sensibilidade das pessoas ao redor também é essencial, contribuindo para o descanso e recuperação durante esses períodos.