Intersex and Transgender

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A intersexualidade é um termo usado para caracterizar pessoas que, devido a uma gama de características e variações corporais, não se encaixam nas noções de sexo masculino e feminino determinadas pela sociedade. 

Pela falta de adaptação e inclusão da sociedade, a violência está presente de várias formas na vida destes indivíduos, inclusive desde o início dela. A comunidade médica aponta que a questão deve ser tratada com cirurgia e/ou terapias hormonais, tendo como objetivo aproximar o corpo intersexo do ideal binário de masculino e feminino, o que resulta em mutilações desde o nascimento e, muitas das vezes, sem a consciência da própria família.

A falta de informação sobre o termo traz, ainda, confusões. Muitas pessoas confundem a intersexualidade, que é uma condição biológica, com a androginia, que é caracterizada pela expressão de gênero neutra ou que foge dos ideais sociais.

Também é comum a confusão entre intersexo e transgênero, mas, ainda que muitas pessoas intersexo não se identifiquem com o termo que lhes foi forçado, intersexo e transgênero não tem o mesmo significado; embora a sociedade tenha submetido ambos os grupos a gêneros em que não pertencem, o motivo e o processo diferem. 

Apesar disso, a comunidade intersexo, tendo experiências similares à da comunidade trans, adaptou termos como AMAB — designade homem ao nascer, em tradução literal — e AFAB — designade mulher ao nascer, em tradução literal —, trazendo para a sua realidade. Os termos CAFAB e CAMAB significam, respectivamente, coercivamente designade mulher ao nascer e coercivamente designade homem ao nascer.

A submissão a cirurgias e/ou terapias hormonais não consensuais, que usualmente se iniciam na infância e em alguns casos percorrem a puberdade, são completamente desnecessárias e invasivas. Por isso, a comunidade LGBTQIA+ destaca a ideia de que essas particularidades biológicas não sejam tratadas por uma perspectiva médica, e sim de um ponto de vista pessoal, do próprio indivíduo.


Referências: