LGBTphobic Terms and Expressions

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A língua portuguesa é vasta, e é comum que expressões e gírias surjam constantemente como forma de expressão popular. Essas palavras são passadas de boca em boca entre as gerações e, pouco a pouco, seu significado original pode ir se perdendo. Assim, termos que começaram como forma de ridicularização e preconceito são utilizados ainda hoje sem que as pessoas saibam (ou se lembrem) de suas origens. Abaixo segue uma lista com alguns deles, assim como o motivo pelo qual deveriam cair no esquecimento.

1. Traveco: 

Termo comumente utilizado para falar de pessoas trans (principalmente mulheres) e travestis. O sufixo -eco é um diminutivo que, muitas vezes, é utilizado de forma pejorativa, dando a entender que pessoas trans são “menores” que pessoas cis.

2. Opção sexual:

Essa é uma expressão muito utilizada ao falar da orientação de alguém, no entanto, o uso dessa expressão é incorreto, pois dá a impressão de que a sexualidade da pessoa foi uma escolha dela, uma opção. Nesse caso, deve-se falar “orientação sexual” ou “sexualidade”.

3. “Quem é o homem (ou mulher) da relação?”: 

Essa é uma pergunta de cunho homofóbico, que tenta colocar relações homoafetivas nos moldes cisheteronormativos. Não existe “homem e mulher da relação” entre pessoas sáficas ou aquileanas, existem apenas duas pessoas que se amam.

4. “Você não parece ser…” :

A frase reforça esteriótipos e a visão de que pessoas LGBT+ precisam seguir determinado padrão. Mais uma vez, o objetivo dela é reforçar os moldes cisheteronormativos. Gays, lésbicas, bi,trans e pessoas queer em geral não precisam ter uma aparência ou um conjunto de características em comum para serem consideradas parte da comunidade.

5. Sapatão (quando não se é lesbica): 

A expressão “sapatão”, quando dita por pessoas de fora da comunidade lésbica, tem um teor depreciativo e preconceituoso, que trata lésbicas como sendo “menos mulheres” que as mulheres héteros. O certo, nesse caso, é chamar pessoas lésbicas pelo nome de sua sexualidade: “lésbica”.

6. Homossexualismo: 

Utilizada amplamente até a década de 90, a palavra traz o sufixo -ismo, que comumente se refere a doenças, tornando a palavra inapropriada e com viés preconceituoso. Ao invés disso, procure usar “homossexualidade” ou, dependendo do caso, os termos específicos das orientações (gay, lésbica e afins).


Referências: