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Stim ou stimming, apelidos para o termo “movimentos autoestimulatórios”, são movimentos repetitivos que autoestimulam um ou mais sentidos, de maneira regulada. Em outras palavras, trata-se de um mecanismo de autorregulação a emoções, em especial estresse, que também funciona como uma maneira de expressão e comunicação destas.
Na medicina, o stim é conhecido como “estereotipia” ou “movimentos estereotipados”, mas o termo em inglês é preferido por pessoas autistas, que desejam retirar o peso da linguagem patológica dessa neurodivergência.
Apesar de popularizado entre a comunidade autista, os stims não são algo exclusivo dela. Em pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo, os stim são muito comuns, e auxiliam inclusive na concentração.
Eles podem estar presentes em diferentes ações, visto que são uma maneira de expressão, representados muitas vezes no abanar das mãos, no balançar do corpo de maneira rítmica, na ecolalia — isto é, a repetição de palavras ou frases — e de outras formas. Apesar da sociedade ser muito pouco acolhedora aos stimmings (e a pessoas neuroatípicas como um todo), eles não devem ser reprimidos, por se tratarem de algo benéfico, mas podem ser substituídos por práticas mais saudáveis caso sejam agressivos — tanto à pessoa que o faz, quanto à outrem.
Os Stimtoys, também conhecidos como Fidget Toys, por sua vez, funcionam como auxiliares ao stimming. Inicialmente desenvolvidos para pessoas neurodivergentes, esses brinquedos são conhecidos como sensoriais e/ou antiestresse, e têm como principal objetivo trabalhar o toque e os sons, proporcionando bem-estar.
Apesar das críticas sobre a possível “inutilidade” deles, basta a pesquisa por informação para entender os benefícios deles no dia-a-dia de neuroatípiques ou não.
Nos últimos anos, a busca por fidget toys cresceu, e a popularidade destes brinquedos sensoriais destacam importâncias como a inclusão e a neurodiversidade na sociedade. Como consequência positiva do aumento do interesse nestes brinquedos, está a visibilidade para discussões acerca de questões sensoriais e de autorregulação, experienciadas por pessoas neurodivergentes.
Por fornecerem informações sensoriais e modulação sensorial, esses brinquedos também são ferramentas para estimular uma variedade de habilidades de uma criança. Entre elas, estão: a coordenação motora e visomotora, a atenção, funções executivas. Todas elas se tornam ainda mais importantes para crianças com alterações sensoriais, como aquelas no espectro autista, por exemplo.