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Aviso: O texto apresenta menção a LGBTQfobia e morte.
Alan Mathison Turing (1912 – 1954) foi um cientista britânico voltado especialmente para as ciências exatas e é hoje considerado uma das maiores figuras LGBTQ+ da história. Conhecido como pai da computação, sua conquista mais famosa é a Máquina de Turing, mãe dos computadores como conhecemos hoje.
Turing também é famoso por ter ajudado a descriptografar, por meio de The Bombe, uma máquina eletromecânica criada por Gordon Welchman e aperfeiçoada por Alan, mensagens nazistas provindas da máquina Enigma, que eram interceptadas pelos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial, garantindo a vitória dos Aliados (e portanto, a derrota do Eixo).
Além disso, passou por muitas áreas da ciência, como computação química e biologia, todas voltadas às matemáticas. Deste modo, Turing inventou teorias como o Padrão de Turing, que explica as formas e padrões da natureza que, até então, eram consideradas aleatórias.
Aos 13 anos, Turing ingressou na Sherborne School, onde conheceu Christopher Morcom, seu primeiro amor, com quem trabalhou fazendo experiências científicas. Morcom morreu aos 19 anos, mas Turing continuou se comunicando com a sua mãe. Em uma das cartas, foi dito “Tenho certeza de que não poderia ter encontrado em lugar nenhum outro companheiro tão brilhante e, ao mesmo tempo, tão charmoso e despretensioso.”
Aos 39 anos, Turing começou um relacionamento com Arnold Murray, mas, após menos de um mês, ambos foram condenados por “indecência grosseira”, visto que a homossexualidade ainda era crime na Inglaterra. Foi liberado em condicional, tendo como punição uma hormonização por estrogênio que supostamente abaixaria a sua libido, mas que causou a formação de tecido mamário e o deixou impotente.
Em 8 de junho de 1954, Turing foi encontrado morto, tendo como causa o envenenamento por cianeto. Não se sabe ao certo se o envenenamento foi acidental ou não, visto que Turing fazia experimentos que utilizavam o composto durante as reações. Têm-se muitas teorias sobre a real causa da sua morte, entre elas o medo de ser perseguido por ser homossexual.