Islamophobia at the World Cup

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A Copa do Mundo é um evento esportivo de futebol que ocorre a cada quatro anos. Nela, 32 países competem entre si até que um se torne campeão do mundo. É tradição que cada copa aconteça em um país diferente, escolhidos através de um sorteio. A Copa do Mundo 2022 está acontecendo no Qatar, país localizado na Ásia Continental, em uma região conhecida como Oriente Médio.

Desde o anúncio do local onde seria sediado o evento, começaram a surgir controvérsias atrás de controvérsias sobre como o país em questão lida com alguns assuntos, principalmente a respeito de diversas minorias sociais. Leis extremamente misóginas e contra pessoas LGBTQ+ ficaram em evidência por muito tempo, e diversas pessoas questionaram se um país com leis tão duras seria o local ideal para um evento desse porte.

Apesar das críticas ao modo como o Estado Qatar lida com esses assuntos serem válidas, muita gente acaba caindo na chamada islamofobia, preconceito caracterizado pelo ódio contra pessoas islâmicas, tanto em decorrência da religião quanto da origem étnica. Esse preconceito acontece nas mais diversas formas, desde a conexão de toda e qualquer pessoa muçulmana ao terrorismo até a violência física contra esse povo.

No âmbito da Copa no Qatar, a islamofobia acontece ao resumir todo um povo aos preconceitos e opressões do Estado onde vivem, colocando toda uma cultura em uma única caixinha, enquanto convenientemente se esquece que muitos países ocidentais considerados “mais civilizados” possuem os mesmos preconceitos, as vezes em maior escala — inclusive o Brasil, que está desde 2008 à frente como o país que mais mata pessoas transgênero.

É pertinente que se critique o posicionamento do Qatar em relação às políticas de direitos humanos, mas sem nunca esquecer a quem essas críticas devem ser referidas, e que todo um povo não se resume às leis de seu país. Pessoas muçulmanas que fazem parte de minorias sociais existem. Pessoas muçulmanas que lutam pelos direitos humanos em seus respectivos países existem, e não devem ser resumidas aos preconceitos de uma parcela da população.


Referências: