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A comunidade trans Ă© uma das mais vulnerĂĄveis e marginalizadas da sociedade, sofrendo constantemente com a violĂȘncia, o preconceito e a exclusĂŁo. Por isso, Ă© fundamental que as pessoas cisgĂȘnero, ou seja, aquelas que se identificam com o gĂȘnero que lhes foi atribuĂdo ao nascer, sejam aliadas na luta por direitos e respeito. Mas como ser uma pessoa transaliade? Neste texto, vocĂȘ vai conhecer sete formas de apoiar e defender a comunidade trans no seu dia a dia.
1. Respeite a todo momento
Ser aliade nĂŁo Ă© sobre aparecer ou se mostrar âsuperiorâ na frente daquela pessoa. Defender a comunidade trans e tratĂĄ-la da maneira correta Ă© um trabalho diĂĄrio, inclusive em ambientes apenas de pessoas cis, em que estas atitudes nĂŁo estĂŁo sendo monitoradas.
2. NĂŁo associe gĂȘnero a genitĂĄlia
O conceito de âsexo biolĂłgicoâ que associa gĂȘnero Ă genitĂĄlia foi criado como retĂłrica transfĂłbica, e o conceito de âsexoâ dentro da ciĂȘncia, na verdade, inclui muito mais do que apenas genitĂĄlia. Associar o gĂȘnero de alguĂ©m a ter um pĂȘnis ou uma vagina exclui nĂŁo apenas pessoas trans, mas pessoas intersexo tambĂ©m.
3. Repare nos ambientes ao seu redor
A cisnormatividade fala sobre como a sociedade Ă© configurada para corpos cisgĂȘnero, excluindo pessoas trans. De banheiros nĂŁo-acessĂveis Ă recusa de tratar uma pessoa trans da maneira correta, muitos ambientes nĂŁo se tornam acolhedores para a comunidade trans. Como pessoa cis, Ă© importante que vocĂȘ ajude a tornar estes ambientes cada vez mais seguros.
4. Confronte ataques transfĂłbicos
Para uma pessoa que pertence Ă minoria atingida, Ă© extremamente desgastante combater a todo o tempo a violĂȘncia direcionada aos seus, alĂ©m de muitas vezes ser vista como âexageroâ. Para ser verdadeiramente aliada da comunidade trans, uma pessoa cis deve ser capaz de identificar e cortar comportamentos preconceituosos e excludentes, mesmo quando a pessoa a quem este foi direcionado escolher ficar calada.
5. Corte amizade com pessoas preconceituosas
Quando vocĂȘ sabe que aquela pessoa ativamente faz mal a um grupo marginalizado, mas continua permitindo que ela frequente seu ciclo social, a mensagem passada Ă©: estĂĄ tudo bem ser assim. Ă importante tentar conversar e educar para que a pessoa entenda a gravidade de suas atitudes, mas, quando a mudança nĂŁo vem, vocĂȘ precisa fazer uma escolha.
6. Tenha limites
Ă comum que pessoas trans tenham que lidar com perguntas invasivas vindas de pessoas que, na maioria das vezes, nĂŁo tĂȘm intimidade para perguntar. Se vocĂȘ tem uma pergunta que talvez vĂĄ soar indiscreta e ultrapassar algum limite, como perguntas envolvendo genitais ou o nome de registro da pessoa, o melhor a fazer Ă© nĂŁo perguntar.
7. Nem tudo Ă© sobre vocĂȘ
A sociedade coloca a existĂȘncia cisgĂȘnero como centro, o que resulta no cis-narcisismo, onde pessoas cis buscam trazer a atenção de problemas da comunidade trans para si. Ă importante desconstruir isso e entender que a vĂtima da transfobia Ă© a comunidade trans, enquanto vocĂȘ estĂĄ muito mais propense a estar do lado agressor. Enquanto pessoa cis, Ă© importante se colocar no seu lugar de privilĂ©gio, especialmente quando vocĂȘ comete um erro.