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⚠ Esse texto apresenta menções a discriminação contra o povo judeu e a teorias nazistas.
Antissemitismo é uma forma de discriminação contra o povo judeu. Historicamente, o termo “antissemitismo” só começou a ser utilizado no século XIX pelo jornalista alemão Wilhelm Marr. Ele foi responsável pela criação da Liga Antissemita (Antisemitenliga) e por teorias pseudocientíficas sobre a questão judaica na Alemanha naquela época. Uma dessas teorias determinava que o povo judeu possuía um caráter “inato” absolutamente oposto ao caráter “nobre e puro” do povo ariano.
Do ponto de vista histórico-dialético, baseado nas transformações que o antissemitismo sofreu com o tempo, essa forma de discriminação se manifesta, inclusive, como forma de racismo. A partir do século XIX, com o surgimento desse termo e sua carga racista, a ideia de “raça” surge paralelamente a fim de justificar o antissemitismo e propor uma solução: a extinção do povo judeu. No século XX, a publicação do livro intitulado “Os Protocolos dos Sábios de Sião” foi um fator importante na história da disseminação das ideias antissemitas e conspiracionistas que são propagadas atualmente, como a ideia de que o povo judeu têm “planos para a destruição da sociedade” etc.
Hoje em dia, manifestações antissemitas estão cada vez mais comuns e sendo normalizadas. Nas redes sociais, comentários de natureza preconceituosa são propagados diariamente, ainda que essas páginas possuam diretrizes contra o discurso de ódio. É possível conferir, na página de “Política contra propagação de ódio” do Twitter que “[…] não é permitido atacar diretamente pessoas com base em raça, etnia, origem nacional, orientação sexual, sexo, identidade de gênero, religião, etc.”. Mais além, ainda é possível ler que referências a eventos violentos, como genocídios, são proibidos na plataforma.
No entanto, sabemos que essa conduta apresentada pela rede social não é cumprida. Após a notícia da compra do Twitter por Elon Musk foi registrado um aumento de 500% de disseminação de comentários racistas na rede social, segundo um Instituto de Pesquisa da Universidade de Princeton.
Compreende-se que a normalização do antissemitismo resulta numa minimização de seus efeitos prejudiciais para a comunidade judaica. É preciso entender como essa forma de preconceito se manifesta social e culturalmente, além de se opor à essa manifestação como qualquer forma de discriminação.