Radiogaláxia – E03 | Ariel F. Hitz

Descrição:

No terceiro episódio do podcast recebemos Ariel F. Hitz, escritor e famoso gato laranja das redes sociais.

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Transcrição

[♪ Música de abertura]


Ash: Olá, eu sou o Ash, meus pronomes são ele e ela, e este é o Radiogaláxia, um podcast LGBTQ+ Spacey. 


[♪ Música se intensifica e depois abaixa]


(00:18)
Ash: Designer gráfico, estudante de letras e escritor, conhecido principalmente por seu gato laranja como foto de perfil. Este é Ariel Hitz, bem-vindo!


Ariel: Olá, sou o Ariel.


Ash: Queria te agradecer pela participação.


Ariel: Obrigado, eu que agradeço o convite. Tô muito feliz de tá aqui.


Ash: Queria te pedir pra você se apresentar, pro pessoal que não te conhece. 


(00:36)
Ariel: Bom, eu sou Ariel né… Os meus pronomes, uso ele só. O Ash falou sobre o gatinho laranja também na internet porque eu tenho essa coisa de não mostrar o rosto na internet, então as pessoas acabam me conhecendo pela minha foto do perfil que é uma ilustração de um gatinho laranja. Eu tô fazendo letras agora também, além de ser formado em design, mas a minha paixão sempre foi escrever, então eu me considero muito mais escritor do que designer ou estudante de letras ou qualquer outra coisa e acho que é isso. Minha… Meu conteúdo é basicamente escrever romances e personagens trans, na maioria.


Ash: Ariel é seu nome artístico, é?


Ariel: Isso o meu nome na verdade é Fernando, mas pode me chamar de Ariel também. Muita gente me conhece só por Ariel mesmo.


Ash: Eu ia te perguntar a origem do do gatinho, mas eu aproveito para perguntar também a origem do nome: como foi essa escolha do nome artístico?


Ariel: Ariel na verdade foi o primeiro nome social que eu escolhi para mim quando… Logo quando eu me descobri trans. Eu tinha tipo 16 anos e eu acabei querendo procurar mais um nome, entre aspas, neutro né, que fosse o nome que não fosse nem muito masculino nem muito feminino. E daí eu fui naquelas listas né de nomes de bebês para mães que estão tendo filho né estão procurando nomes pros filhos né, e daí eu gostei do nome Ariel daí eu acabei pegando o nome Ariel pra mim. Aí por muito tempo foi o meu nome social mesmo só que depois de um tempo eu comecei a perceber que Ariel não me definia muito como pessoa aí, eu comecei a ir atrás de outros nomes. Nesse meio tempo eu conheci o meu escritor favorito que é o Caio Fernando Abreu e daí eu li em algum lugar que ele pegou o Fernando do nome dele por causa daquele livro “Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída”, não sei se vocês conhecem. É um livro e um filme meio famoso, aí tem esse “F” do Christiane F. que o Caio pegou pro nome dele, daí ele colocou Caio F. Abreu e deixou Caio Fernando Abreu. Aí eu vi aquilo e eu pensei: “eu vou roubar esse F. também, e vou deixar meu nome como Fernando.”. Aí eu percebi que Fernando me definia muito melhor e eu gosto muito mais de como Fernando soa para mim como pessoa, mas ao mesmo tempo eu quis manter o Ariel para ser o meu nome de escritor porque eu acabei me formando como escritor, assim desde o começo, já com o Ariel. Aí eu não queria mudar porque o Ariel acaba tendo muito significado para mim como escritor enquanto o Fernando acaba tendo muito mais significado para mim como pessoa aí eu decidi que eu ia deixar separado essas coisas Ariel é o meu “eu” escritor e Fernando é o meu “eu” como pessoa. E o gatinho laranja é porque tem aquele filme da Disney que é um pouco antigo que se chama aristogatos e daí tem aquele gatinho laranja que é Toulouse, e daí eu comecei (???) a usar o Toulouse como foto do Twitter. Eu deixei aquela foto por muito tempo, deixei a mesma foto do mesmo gatinho laranja por muito tempo, aí as pessoas acabaram começando a me conhecer como aquele gatinho laranja. Daí recentemente quando eu fui agenciado né, sabe, eu conversei com a minha a gente, a (???) né, ela é uma pessoa incrível e daí eu contei para ela que as pessoas me reconheciam por causa do gatinho laranja. Aí ela deu essa ideia de criar uma ilustração própria de um gatinho laranja inédito, né, que seria para me representar e descolar essa ideia do gatinho laranja do filme da Disney. Até porque senão a Disney vai ter um direito autoral em mim, então ele vai querer me derrubar para usar a imagem do filme. Daí foi assim que nasceu o gatinho laranja!


(04:41)
Ash: Você tem nove…? Oito ou nove, me corrija se eu estiver errado, livros escritos, e mais de cinquenta fanfics.


Ariel: Meu Deus, você foi atrás das minhas fanfics, que honra!


Ash: Fui. (risada)


Ariel: Eu confesso que já perdi as contas de quantas coisas eu tenho publicado pela internet e pelo mundo e, enfim. Já não sei quantas são.


Ash: A escrita criou vida.


(05:05)
Ariel: Cara, eu fico muito feliz quando as pessoas vão atrás das minhas fanfics porque as pessoas deviam dar mais atenção pra fanfics, e alguns dos textos que eu que eu escrevi que eu mais gosto são Fanfics.


Ash: Eu coloquei 50 mais (50+) porque tem 53 no Spirit e algumas no Wattpad, só que algumas estão nos dois aí eu… Eu me perdi na hora.


Ariel: É que eu comecei pelo Nyah! Fanfic que é outro site, e daí depois eu conheci o Wattpad. Daí ao mesmo tempo do Wattpad eu conheci o Spirit aí eu fiquei por um tempo postando as fanfics nos três sites. Mas aí depois o Nyah! morreu, daí eu fiquei só no Spirit e no Wattpad. Aí tem algumas coisas que estão nos dois lugares.


Ash: Perfeito, e nesse monte de obras que você já escreveu até hoje, você consegue dizer assim qual o seu estilo preferido de entre fanfics ou um livro de romance?


(06:07)
Ariel: Eu gosto dos dois e eu acho que os dois precisam existir na minha vida para eu conseguir escrever um e depois conseguir escrever o outro. Porque quando eu tô escrevendo uma coisa original eu sinto que eu tenho que é colocado um peso muito grande em mim, e eu acabo tendo que dar muita importância porque eu tô… Porque eu tô escrevendo! E quando eu tô escrevendo fanfic eu sinto que eu tenho esse respiro, que eu posso ser mais livre no que eu tô fazendo. Então se eu continuar escrevendo só original eu acho que eu não vou… Eu não conseguiria tankar esse peso que eu sinto quando eu tô escrevendo. Então para mim os dois têm que existir ao mesmo tempo, os dois são muito importantes para mim.


Ash: Eu tava até conversando com o VK antes de você chegar, que fanfic tem essa liberdade de você já ter uma base e ter um mundo de ideias livres pra você escrever o que quiser.


(07:08)
Ariel: Sim, Isso… nossa, isso dá uma sensação muito gostosa quando você tá escrevendo fanfic, de uma liberdade mesmo assim, sabe?


Ash: E de fanfics, você tem tem algum… Alguma história ou algum artista que você goste mais de criar Fanfic sobre?


Ariel: Eu tô muito na vibe de Dom Casmurro e de Percy Jackson. Quer dizer, eu sempre tive na vibe de Percy Jackson! Quando eu cheguei no fandom de Percy Jackson era tudo mato. Não, mentira, eu não sou tão velho assim (risada). Mas quando eu cheguei no fandom a coisa era tipo um pouco bem diferente do que era hoje e tinha muito mais fanfic por dia do que é hoje. Então eu sinto falta dessa coisa de fanfic de Percy Jackson, eu sinto que todo mundo já superou as fanfics de Percy Jackson e eu continuo aqui.


Ash: E eu tô atrás, porque sou muito fã de Percy Jackson, esperando ansiosamente a nova série que vai sair!


Ariel: Sim, e vai sair um livro do Nico protagonista, eu tô muito empolgado! Eu espero que aumente o número de fanfics,agora que vai sair o livro sobre o Nico.


Ash: Eu imagino…

Ariel: Porque eu só escrevo sobre o Nico né (risada)


Ash: Eu ia dizer isso: imagino que deva ter muita fanfic sobre o Nico.


(08:24)
Ariel: Sim, praticamente todas as minhas fanfics de Percy Jackson são sobre o Nico. Tem algumas que são sobre o Jason, a Piper e o Leo, os três como um casal, que eu gosto muito dessa ideia. Mas o resto é tudo sobre o Nico.


Ash: E material não falta, né?


Ariel: Sim, o Nico é um personagem, assim, que tem muito conteúdo e tem muito muito drama na vida dele, tem muito pra explorar.


Ash: É um… é um personagem com muitas camadas.


Ariel: E o Will também, porque o Will tem essa coisa de que ele foi um personagem que meio que surgiu do nada, então a gente não sabe muito da vida dele. Então o Will que existe nos livros é completamente diferente do Will que eu criei na minha cabeça, porque eu criei uma coisa assim muito diferente dele.


(09:15)
Ash: Envolvendo as fanfics e o romance, tem uma diferenciação na maneira de escrever, mas você consegue identificar algo que você possa dizer “esse é o meu estilo de escrita”?


Ariel: Nossa, você pegou num ponto sensível porque eu penso muito no que me definem como escritor, e se eu tenho alguma coisa assim que… Que tipo, sabe? Aquele tipo de escritor que você leu alguma coisa aí você já sabe que é ele por causa do jeito que ele escreve. Eu penso muito se eu tenho isso e eu não sei dizer se eu tenho ou não, eu nunca consegui identificar isso. Eu acho que também minha escrita mudou muito durante esses últimos anos, então talvez tenha alguma alguma coisa… Tipo, tá muito diferente uma da outra, eu acho que eu — espero né! — que eu tenha melhorado a minha escrita.


(10:09)
Ash: E falando nisso, quando que você começou a escrever? Você lembra qual foi sua primeira escrita? 


Ariel: Lembro, foi em 2012 ou 2013, não sei exatamente, mas foi por aí e eu comecei escrevendo contos de terror porque eu gostava muito do Stephen King e eu tinha essa pira de filme de terror. E quando eu comecei a escrever eu jurava que eu ia ser um escritor de terror, mas eu saí dessa vibe.


Ash: Falando assim, aproveitando o gancho de quando você começou, eu queria saber também quando você percebeu que você queria viver da escrita?


(10:52)
Ariel: Não sei exatamente quando, mas quando eu penso no meu futuro eu não consigo definir muitas coisas, mas a única coisa que eu sei que eu quero continuar fazendo é escrever. Então tipo, eu não sei se eu quero continuar trabalhando como designer, ou se eu quero continuar a minha carreira como professor que está só começando agora, mas eu sei que eu quero ser escritor. Então acho que vem muito disso de ser praticamente a única certeza que eu tenho na minha vida e daí eu acabo tendo que formar esse lado mais profissional como escritor, porque eu quero continuar escrevendo, né, eu quero ter tempo para escrever. Então eu tenho que conseguir ganhar dinheiro de alguma forma escrevendo, porque se não eu vou acabar tendo que ter um trabalho paralelo, e daí eu vou acabar não tendo tempo para escrever. Então acho que por isso basicamente.


Ash: E por falar nisso, você tá com um projeto chamado "Café com Ariel"!


(11:57)
Ariel: Sim, no Apoia-se! Eu posto todo mês algum texto inédito ou alguma, alguma coisinha que não vai pro… Que só quem assina né recebe. E também posto uma newsletter, que a newsletter é tipo um jornal com novidades do que eu ando fazendo, e às vezes é só um desabafo mesmo sobre alguma coisa que tá acontecendo na minha vida.


Ash: Acho que é uma maneira de aproximar o leitor do autor.


Ariel: Eu criei muito pensando nessa coisa, porque a maioria dos escritores que eu conheço eles têm um grupo no WhatsApp ou um grupo no Telegram para para unir os leitores, mas eu não consigo fazer esse tipo de coisa porque eu me sinto pressionado a ficar falando coisas, e eu acho que não eu não sou tão interessante assim a ponto de manter um canal no Telegram. E às vezes eu sou meio caótico, e daí eu vou esquecer de fazer as coisas, daí eu vou começar a mandar mensagens às 2 da manhã e daí eu vou acabar enchendo o saco de todo mundo (risadas). É a hora que as ideias para escrever surgem.


Ash: Aquela coisa né, quando o corpo dorme a mente acorda.


Ariel: Exato, exatamente, adorei essa frase.


(13:20)
Ash: De todas as suas obras, sejam livros e fanfics, você tem uma preferida? Uma que você goste mais?


Ariel: Tenho, eu tenho, eu tenho um filho preferido, infelizmente. A maioria das pessoas se recusam dizer que tem um filho preferido, mas mas todo mundo tem um filho preferido e eu tenho o meu que é “Todas as mentiras que eu nunca quis contar”. Aqui que é tipo, a minha história que eu mais gosto. E eu também gosto muito da minha fanfic de pornô de Dom Casmurro que eu fiz, que são as coisas que eu mais gosto.


Ash: Por falar nisso — crianças saiam da sala — a fanfic é um campo que permite muito isso. No romance as pessoas podem não receber muito bem, mas a fanfic é uma área que é bem aberta pra escrita hot, né?


Ariel: Graças a Deus, graças a Deus.


Ash: E é algo que você tem mais liberdade de criar, o que eu posso dizer… Algo que você talvez não conseguisse ou não pudesse colocar no livro de romance e coloca na fanfic?


(14:28)
Ariel: Eu acho que sim, eu acho que tem isso porque, como eu falei, eu sinto muito mais liberdade quando eu tô escrevendo Fanfic, e o público de fanfic é um pouco diferente do público de original, querendo ou não. E principalmente por… Não sei, porque as pessoas cobram muito de escritores brasileiros, né? Aí eu acabo sentindo muito essa coisa de eu ter que fazer uma coisa sem defeitos, e uma coisa que não dê pra ter mais de um tipo de interpretação, sabe? Que precisa ser uma coisa muito "Preto no Branco" pra ser uma coisa que eu não vou ser julgado depois de escrever. Eu tô pensando muito nisso ultimamente, então às vezes eu escrevo…  Eu gosto de escrever umas fanfics meio bobinhas, assim, sabe? Algumas coisas que eu escrevo só por escrever, que eu nem eu nem espero muito que as pessoas leiam. São só coisas que tipo, são coisas que são só, tão ali mesmo, só me deu vontade de fazer. Então tipo, essa fanfic de Dom Casmurro eu gosto muito dela que é… Enfim essas pessoas fizessem mais fanfics de Dom Casmurro porque tem muito conteúdo para escrever sobre Bentinho Escobar e nem todo mundo vê isso.


(15:42)
Ash: Acho que pode ser uma coisa do brasileiro e uma crítica ao vira-latismo, entre aspas, aqui porque a gente vendo esses escritores internacionais, que é uma escrita ambígua ou a pessoa demora anos para lançar um livro e todo mundo ama… E quando é escrito Nacional vem um monte de crítica.


Ariel: As pessoas no Brasil, las costumam ser muito hostil com os próprios artistas do Brasil. Então a gente acaba ficando muito nesse lugar de ter medo do que fazer, porque senão… Se você faz alguma coisa errada ou alguma coisa que que acabou saindo com mais de um tipo de interpretação, daí você acaba sendo muito julgado. Enfim tem essa cobrança muito maior para escritor brasileiro.


(16:34)
Ash: Voltando agora para a sua escrita, você escreve principalmente sobre representatividade LGBT. Como que é para você saber que a sua escrita ajuda tantas pessoas?


Ariel: Nossa, eu, até hoje eu não… Nossa, até me perdi! Tem umas pessoas que já chegaram para mim falando que escolheram o nome delas por causa de algum personagem meu, e eu acho isso a coisa mais doida do mundo. Eu fico pensando: "meu Deus, eu vou fazer alguma merda algum dia, essa pessoa vai me odiar e ela vai ter um nome por causa de algum personagem meu." Que aconteceu isso tipo umas cinco vezes e eu fiquei pensando: "Meu Deus, você é maluco, não faz isso!" Mas eu achei muito fofo, muito lindo, e eu não consigo muito me ver nesse… Nessa posição de inspirar as pessoas nesse sentido. Eu não sei se é uma coisa assim que acontece mesmo… Enfim, não consigo me enxergar muito desse jeito, mas eu fico muito feliz quando as pessoas dizem essas coisas, principalmente pessoas trans ou pessoas que falam que que alguma história minha ajudou a gente descobrir ou alguma coisa nesse sentido. Mas acho isso muito doido, sempre me pega muito de surpresa toda vez que acontece.


Ash: É, eu já vi alguns comentários das pessoas dizendo que conseguiu se descobrir ou se aceitar por conta de um livro seu.


(18:07)
Ariel: Isso pra mim é a coisa mais maluca que existe no mundo, porque tipo, é uma coisa muito importante na vida da pessoa, né? E daí eu participei desse momento de algum jeito, nossa! É muito surreal!


Ash: E de projetos futuros, você tá escrevendo alguma coisa agora que possa dar um spoiler para a gente? 


Ariel: Eu tô fazendo uma coisa, mas eu não posso falar sobre essa coisa (risada).


Ash: Segredo. (risada)


Ariel: E eu esses dias… e esse foi um pouco de "não posso falar sobre essa coisa", mas eu tô também fazendo outra coisa aqui que é uma coisa muito legal que envolve vampiros. Eu tô muito animado porque acho que eu nunca escrevi sobre vampiros e enfim. Não sei o que vai se tornar essa coisa realmente, mas é sobre vampiros trans, e eu tô muito empolgado para isso. Eu penso muito nessa coisa do terror ser uma coisa que sempre representou queers de algum jeito, porque tem tipo… Tem essa coisa de que monstros são vistos como uma coisa que a sua cidade quer se livrar deles, sabe? E daí dá para fazer tipo um paralelo muito bom com (???) LGBT, mas eu tô também fazendo outra coisa! É antologia, é "Será Poder?" da editora Triquetra, e tem um conto meu lá que é sobre um homem trans e uma travesti que eles têm poderes sobrenaturais, e eles usam esses poderes para invadir casa de gente rica e roubar coisas. E eu amo esse conceito de pessoas trans cometendo crime, mas infelizmente é um ponto que que tem que tomar cuidado para representar nos livros, porque a gente já é meio visto como um vilão naturalmente e daí enfim. Be trans do crimes!


(19:59)
Ash: Para finalizar, eu queria te pedir uma indicação de um livro do Caio Fernando Abreu.


Ariel: É, todo mundo recomenda "Morangos mofados" que é tipo um livro de contos, que é o livro mais famoso do Caio, e eu recomendo muito esse livro, mas eu também quero recomendar muito "Onde andará Dulce Veiga", que é um romance que tem um personagem que o personagem principal não tem nome e esse personagem principal ele tá procurando uma cantora famosa que desapareceu. E, no meio disso, o personagem reflete muito sobre a vida, sobre a própria sexualidade dele, inclusive. E eu acho que esse personagem principal ele reflete muito em como o próprio Caio via a sexualidade dele. Isso é uma coisa que eu tô falando eu mesmo por ser fã do Caio e por saber da vida dele e por ter lido do livro, não uma coisa que tipo é um fato, não é uma coisa que eu tirei do nada. Eu gosto muito desse livro, eu acho um livro sensacional, e eu gosto muito desse protagonista desse livro e não tem nome, mas aí é ótimo.


Ash: Aí a indicação pessoal!


Ariel: Leiam tudo do Caio porque ele é incrível.
[♪ Música de transição]


(21:15)
Ash: É isso, o papo tá bom, mas o tempo é curto e infelizmente tá acabando.


Ariel: Ai que pena! Eu queria muito, eu adoro conversar sobre trans cometendo crimes com outras pessoas trans, porque é uma coisa que a gente sabe falar. Você vai um cis falar sobre isso, vai ser … só sai, só sai merda dali. 


Ash: Queria te agradecer Principalmente pela participação.


Ariel: Eu imagino, adorei a conversa 


Ash: E pedir para você divulgar as suas redes, seu trabalho, e se despedir pessoal da maneira que você preferir.


Ariel: Ah, meu Twitter é Ariel F Hitz e o Instagram é arielf.hitz, porque alguém pegou o arroba de Ariel F. Hitz antes de mim, então eu tive que colocar um ponto ali, mas enfim. E você pode também encontrar na Amazon como Ariel F. Hitz. E eu também estou no wattpad e no Spirits Fanfics! Leiam as minhas Fanfics é um (????) muito porque são os meus maiores orgulho, e acho que é isso obrigado por me ouvir aqui falando, acho que é só.


Ash: Obrigado a todo mundo que ouviu o nosso podcast, obrigado, Ariel, novamente pela participação, um agradecimento em nome da equipe da Spacey. Por hoje é isso pessoal, um beijo e até a próxima!


[♪ Música de encerramento]