Descrição:
No quarto episódio do podcast recebemos Rhobin Silva, escritor, youtuber e apaixonado por animes e mangás.
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Transcrição
[♪ Música de abertura] Ash: Olá, eu sou o Ash, meus pronomes são ele e ela, e este é o Radiogaláxia, um podcast LGBTQ+ Spacey. [♪ Música se intensifica e depois abaixa] (00:18) Ash: Bacharelado em relações internacionais, pós-graduando em marketing digital, escritor e youtuber. Este é Rhobin Silva. Seja bem-vindo Rhobin! Rhobin: Muito obrigado, gente. Ash: Primeiro eu queria te agradecer por aceitar nosso convite e pedir para você se apresentar para o público. Rhobin: Ótimo! Assim como você soltou aí na introdução, eu sou o Robin Silva, eu faço extremamente coisas demais e tentava ganhar um pouquinho de cada coisa também dentro do mundo da literatura. Mas primeiramente, além do meu nome, vocês precisam saber que eu uso pronomes masculinos e também pronomes neutros. É importante frisar essa parte, eu explico isso porque eu sou uma pessoa não binária então toda vez tem que colocar essa parte aqui também. Mas vamos lá encarar esse podcast. (01:07) Ash: Você tá acostumado a gravar os vídeos para o YouTube, mas talvez seja um pouco diferente isso aí: ser entrevistado ao invés de apresentar né? Rhobin: Nossa, completamente diferente! Eu já entrevistei pessoas, mas estar do outro lado é, no mínimo, agonizante Ash: Você fez relações internacionais e está se graduando agora em marketing digital. Como que foi fazer essa mudança da geopolítica para a publicidade? Rhobin: Na verdade foi engraçado, porque eu comecei na publicidade já no meio do curso de R.I.. Aqui em Brasília a gente fala “Réo” e não “R.I.”, explicação necessária não é “Réo” de religião. Mas eu entrei por convite em alguns projetos dentro da Universidade que são relacionados às simulações da ONU, e peguei a cadeira de gerente de marketing logo de cara e fui fazendo peças promocionais, coisas de design também, produto, divulgação, venda, e eu descobri no meio do curso que eu queria fazer isso, mas primeiro eu tinha que terminar ele. Então esperei minha graduação, pensei em fazer um mestrado em publicidade, marketing, alguma coisa nesse sentido, mas veio o Corona e falou que era para tentar fazer uma coisa menor. Então eu decidi fazer uma pós, que é um pouquinho mais rápido, para conseguir uma qualificação dentro dessa área, porque na verdade eu já trabalho nela há mais de dois anos sem diploma, sem nada, só na apresentação de portfólio. Mas ainda assim tô com um pouquinho de falta de R.I… Tem coisas que eu deixei para trás que às vezes eu poderia voltar. (02:43) Ash: Ter esse conhecimento amplo com certeza ajuda na hora de criar algum tema para o canal… Essa gama de conhecimentos com certeza facilita né? Rhobin: É engraçado porque o lema do curso, pelo menos aqui, é que R.I. é um patinho: ele nada, ele anda, ele corre, e ele voa, mas ele não faz nenhuma dessas tarefas muito bem executadas. Então no meu coração eu tento fugir um pouco disso, mas às vezes eu sinto que é essa questão que me assombra. Ash: Falando do canal principalmente, como que surge essa ideia? (03:19) Rhobin: Na verdade foi mais uma ideia dentro da pandemia. Eu sempre gostei de animes, mangás, e essas coisas principalmente por influência da minha avó e dos meus pais que já assistiam coisas assim. É engraçado e triste estar numa família de otakus, a coisa vai passando pelo sangue mesmo. E eu sempre tive muito interesse em trazer a minha opinião sobre as coisas que eu assistia, principalmente porque assisto coisas demais. Mesmo com o canal um pouco pausado, ainda assisto 15 animes por semana mais ou menos. Então falta com quem eu falar sobre isso, e na pandemia foi extremamente agonizante não ter realmente essas conversas aí eu falei “pronto, vou me gravar e esperar que a internet me responda para eu fingir que existe um diálogo aqui sobre as coisas que eu gosto”. Mas pelo menos eu creio que metade da motivação que eu usei foi pensando em “tá, pelo menos eu aprendo a editar vídeos vai ser ótimo para o meu currículo”. O resto realmente foi interesse pessoal. Ash: Sua avó te influenciou a começar o canal, assistir animes? Como foi essa influência aí na infância? Rhobin: Exatamente! É porque minha avó ela era do Maranhão, mas ela veio para Brasília, e aqui em Brasília um dos primeiros locais que ela se enturmou melhor foi o templo budista. Então ela já tinha esse contato maior, fazia Tai Chi Chuan, via as aulas lá do pessoal do Kendo, me levava nas festas do templo que tem aqui todo Agosto, a gente fazia o Pomodori… Então ela foi me inserindo vagarosamente na parte da cultura, e como eu morava com ela também a gente convivia muito com essas questões: às vezes via um animezinho ali na TV Globinho, ela tava sentada comigo também, então foi começando a partir daí que o negócio cresceu. (05:12) Ash: E hoje, você consegue fazer esse papel inverso de “ah, vi um anime novo aqui, quero falar com minha avó”, tem essa troca hoje em dia? Rhobin: Infelizmente não porque a minha avó teve câncer e aí durante a pandemia ela acabou falecendo. Ash: Meus sentimentos. Rhobin: Obrigado. Mas muitas vezes eu levava alguns animes para ela, e como ela era costureira, além de várias coisas, ela me ajudava a fazer os cosplays e ficava perguntando “ah mas que que esse personagem faz?” Então era realmente uma troca muito engraçada. (05:53) Ash: Eu assisti alguns dos seus vídeos desde a época que a gente fez o Spacey Indica. O que me chamou principalmente atenção, todos os vídeos você faz com uma pegada bem humorística. Esse tom leve, animado, energético… Você é assim na vida real também ou é o que você coloca nos vídeos? Rhobin: Eu tento fugir de não fazer piada, mas eu sou aquela pessoa que começa a entrar numa espiral de ansiedade, e eu combato isso com piadas e humor, às vezes autodepreciativo. Então é literalmente assim que eu falo no dia a dia, considerando também a energia porque eu sou a versão humana do Chihuahua: aqui é metade tremedeira metade raiva a força, a agressão que tá dentro dos meus vídeos é realmente eu que faço. (06:41) Ash: Entrando na parte da escrita, nessa sua trajetória onde que iniciou o desejo por escrever? Rhobin: Eu digo que na verdade meu desejo se iniciou assim que eu disse minha primeira palavra, porque essa ideia de guardar informações e coisas da minha cabeça era muito necessária na minha infância. Eu tenho uma mente muito imaginativa por ter… Não chega a ser um distúrbio, não chega a ser nada, eu só tenho a capacidade de saber que eu estou sempre dentro de um sonho enquanto eu sonho. Então eu guardo muitas informações e isso, essas coisas, viram ideias que eu passava para o papel desde eu não sei quantos anos. Eu deveria ter ali… a partir do momento que eu aprendi a escrever eu já tava lá. Tanto que eu guardo muitos, muitos, muitos cadernos redigidos à mão com histórias que eu escrevi com os meus sete, oito anos ali que talvez eu tenha vergonha deles um dia verem a luz do sol. Mas sempre foi uma coisa muito automática para mim. Por ter essa coisa criativa dentro da minha mente. Eu acho que o cerne que eu tenho das coisas que eu faço é passar para outras pessoas, porque meu mundinho não tem espaço para tudo que eu crio, então eu preciso que chegue em algum lugar para que eu me sinta satisfeito com o que eu criei. (07:59) Ash: Nossa, muito, muito interessante isso… E eu fiquei pensando aqui quando você falou que sempre percebe quando tá sonhando, que tá dentro de um sonho no caso né, e me veio a pergunta: Será que nesses livros do pequeno Rhobin tem alguma coisa sobre Matrix? Rhobin: Nossa, gostaria que tivesse, mas como eu cresci, literalmente, cresci vendo Matrix, ele já é um tema batido na minha cabeça. Ele já virou um milk shake já tá tão intrínseco aqui, que não há momentos para fazer referências e toda minha vida já estava lá dentro. Ash: Isso me leva a uma outra pergunta que eu tinha até escrito aqui: você escreve principalmente fantasia e ficção. Eu acho que tem muito a ver com essa ideia de estar sempre imaginando coisas fora da caixa. (08:50) Rhobin: Pois é, então o caso é que realmente eu vivo dizendo que eu deveria vender meus sonhos para Hollywood… minhas ideias, por conta dessa quebra completa de estruturas ou sentido que eu tenho dentro das minhas histórias. É até bem difícil passar o que eu realmente tenho na cabeça para o papel, exatamente porque são tantas sensações misturadas com o que eu quero escrever que eu não sei como exprimir tudo ao mesmo tempo no papel… Ou na tela né, estamos aqui numa era digital, então na tela. Assim como só tenho e-books, não temos papel por enquanto nos meus livros, mas tem todo esse esforço que me faz entrar muito na ficção, na fantasia, numa questão realmente mais além do real para eu conseguir colocar as minhas ideias de um jeito que faça sentido. Ash: E eu acho que o fato de você fazer vídeo meio que complementa essa falta que a escrita tem de não conseguir expressar completamente o que a gente está imaginando né? (09:56) Rhobin: 100%! Eu ficaria com um desejo muito reprimido de um dia adaptar pelo menos um conto, assim, para uma coisa mais curta de 5 minutos ou alguma forma audiovisual para eu poder realmente expressar tudo que eu queria. Mas vou dar uma de James Cameron e falar que talvez a tecnologia ainda não esteja preparada para essa adaptação… que o tanto de loucura que é a minha cabeça… Vou passar aqui meus 20 Anos antes de produzir meu próprio Avatar. Mas tamo aí com um sonho. Ash: Eu penso muito porque às vezes eu escrevo algumas coisas. Não cheguei a publicar nada, mas minha cabeça é assim também: eu tenho muitas ideias malucas e meu processo criativo é exatamente assim. Eu visualizo primeiro para depois eu tentar transformar em escrita, em alguma outra forma de arte, e aí eu queria saber como que é o seu processo criativo. Como que funciona para você? (10:55) Rhobin: Na verdade meu processo criativo pode ser resumido em caos. Não tenho uma forma mais direta de responder porque eu preciso estar com emoção alinhada com o que eu quero escrever. É uma coisa muito maluca, as ideias fluem na minha cabeça e eu penso como eu consigo representar isso da melhor maneira possível. E aí outra parte do meu cérebro responde que é para eu tentar imitar o que tá acontecendo ali, então é muito comum eu estar escrevendo em posições extremamente estranhas. Às vezes eu tento tomar algum tomar ou comer alguma comida que me relembre aquilo também para trazer o sentimento, para eu conseguir passar. Então é muito caótico, tem muitas coisas ali que eu faço simplesmente por pura maluquice, mas que depois eu acho que deu certo então valeu a pena. Ash: Tá funcionando, o caos tá funcionando. Rhobin: Isso! Ash: E pelo que você falou, você vive a arte né? Você, tanto na escrita quanto nos vídeos, você usa os mecanismos externos para deixar a criatividade fluir. (12:02) Rhobin: Isso é mais porque quando eu gosto de alguma obra ou de alguma coisa eu sinto que eu tô realmente vivendo nela. Eu passo por períodos de completo caos mental quando eu tô lendo alguma coisa que me afeta muito que eu assim… Pessoalmente eu gosto de coisas escritas com finais ruins, tristes e questões similares, então quando eu leio uma obra ela me faz sentir que meu coração foi despedaçado, que eu não consigo chorar de tão triste que é, aí eu penso “nossa, isso foi muito bom!”. Então eu tento passar exatamente isso para as minhas obras, fazendo com que eu me sinta assim para poder transmitir isso para fazer a pessoa que tá do outro lado sentir exatamente o que eu senti. É um processo meio louco. Ash: Eu também sou assim de gostar de livros, ou qualquer qualquer obra, com final triste, porque dá uma certa humanizada nos personagens né… Rhobins: Sempre. Ash: De sair do conto de fada, de ser sempre final feliz, “vai ficar tudo bem.” (13:05) Rhobin: Exato! Eu vivo dizendo que atualmente das séries ou, no caso, do audiovisual, eu só gosto das coisas que não fazem sentido do ponto certo. Você tem que embaralhar a mente para depois voltar tudo no lugar ou não, e sentir a dor de tudo aquilo, passar por uma experiência transformando quase o audiovisual ali do… sei lá 2D, 3D, para um 60D, se você consegue sentir tudo ao mesmo tempo. Ash: Isso é um ensinamento.. o Gaveta (no YouTube), tem uma coisa que ele sempre fala: que o trabalho do editor não é só cortar o filme, é fazer a pessoa que está assistindo sentir alguma coisa, contar uma história. E eu percebo que você se coloca nesse lugar nesse lugar de leitor, de telespectador, pra poder passar esse sentimento né? Rhobin: Sim, tanto que muitas vezes eu volto para reler algumas histórias antigas, publicadas ou não, e eu fico pensando: “nossa aqui realmente deu certo, eu tô me sentindo muito assim.”. Funciona, principalmente, porque eu tenho uma memória de peixinho dourado, então eu esqueço até 50% do que eu escrevi, e funciona muito bem depois para eu reler e ver se tá tá no tom que precisa ser. Ash: Incrível, e essa energia que você falou que tem nos vídeos, no dia a dia… É assim também na escrita? (14:27) Rhobin: Eu tento evitar, na verdade, que as coisas sejam muito energéticas. A obra mais energética que eu já fiz é o único livro completo assim, que eu vou dizer primorosamente editado e bonitinho que eu tenho que é “M.V.Z.”, e eu sinto que eu tive que moderar muito algumas coisas ali para passar, porque era extremamente frenético. Felizmente, é uma das coisas que muitas pessoas que já leram o livro comentam positivamente… de falar que realmente sentiram a adrenalina, a passagem de um capítulo para o outro, essa (barulho de respiração eufórica) respiração profunda que você dá ao fim do capítulo. Mas que era muito pior na versão bruta, era realmente um processo de palavras e ações que assim… Acho que qualquer um ficaria com dor de cabeça, porque foi o que eu fiquei para poder editar e revisar tudo bonitinho para não extrapolar. Então, às vezes, é uma coisa meio negativa em mim de colocar tanta energia numa obra… que sobrecarrega tudo. Ash: É um processo que você talvez tenha que fazer não só na escrita, mas nos vídeos: o trabalho de reescrever ou de revisar sua própria escrita. Às vezes é muito dolorido que você tem que retirar alguma coisa que você queria muito que ficasse, mas que acabou não fazendo sentido no final. Isso acontece com você também? (15:50) Rhobin: Acontece até certo ponto, mas eu eu gosto dessa dor e do sofrimento de olhar ali tudo que eu fiz, apagar tudo e falar “não, vamos de novo”. Até me atrasa um pouco, na verdade, porque eu fico pensando em todas as possibilidades de melhorar aquilo. Eu não consigo ver a parte da edição, da revisão, como só um corte que eu vou fazer ali, mas sim um momento de aprimorar tudo que já tá ali. Tanto que minha parte preferida é… não eu faço um rascunho, é um bruto, e depois eu passo e reviso 600, trocentas vezes para conseguir o resultado que eu quero e transmitir exatamente isso. Eu me divirto nesse sofrimento de olhar que eu escrevi cinco páginas e transformei em três linhas depois. É ótimo! Ash: Em algum caso, em alguma das suas obras, você já fez o caminho inverso? Tipo começar com algo pequeno e acabar expandindo tanto que teve que fazer um outro conto, um outro livro ou outro vídeo para completar? (16:51) Rhobin: Esse, na verdade, é o caso do conto mais recente que eu lancei, que foi baseado até em um sonho que eu tive da perspectiva de um dos personagens. Eu não vou contar qual é porque seria extremamente estranho, mas de eu tentar passar aquilo para o papel e depois terminar pensando “nossa, dá para fazer mais só não dá para fazer agora”, e ter que cortar ali no meio para poder depois continuar em outro conto. Que é isso sim, me faz pensar que é doloroso pra não soltar tudo de uma vez, mas que por questões logísticas precisava ser aos pouquinhos Ash: É controlar a ansiedade né. Rhobin: Nossa, demais! Nos vídeos eu tenho um pouco menos desse problema porque normalmente eu só chuto o balde e falo “não, não, não, tudo bem, eu gravei 40 minutos aqui, e a gente vai fazer o que der com esse material, e as pessoas que tenham o trabalho de assistir tudo certinho.” (17:45) Ash: Você falou do seu conto mais recente, é o “Caso A: Sombroso?” Rhobin: Exatamente esse. Eu posso falar que ele é uma obra que eu consegui mostrar o caos que eu queria por ser uma narrativa, principalmente, não linear, mas também que é mostrado de várias maneiras diferentes. O conto ele começa com um relatório de uma investigação e com momentos de interrogatório, mas também volta dentro desses momentos no interrogatório para narrar em primeira pessoa o que o investigado ali tá falando, ou até numa visão de escrita onipresente em que você só vê a situação e o que realmente aconteceu ao contrário do que as pessoas que foram interrogadas contaram. E termina tudo assim extremamente caótico, mas com muitas revelações por conta de eu ter conseguido usar esse método que não é simplesmente narrar o que tá acontecendo num só tipo de escrita. É meu desejo de dizer: “eu vou usar sim todas as maneiras que eu posso e fugir do comum para contar a minha história.” Ash: E me chamou atenção para cima de quando eu lia porque o “Caso A: Sombroso” é o que queria para mim porque é terror e gore, envolvendo comédia. Rhobin: Exato! Eu tentei até fugir da comédia com muita força. Eu queria que ele fosse ainda mais pesado no terror, mas eu vi que eu não gosto de personagens que não têm o carisma o suficiente para soltar uma piadinha de vez em quando. Então eu acabei abraçando a ideia da galhofa no meio do terror, que até como uma colega de escrita já falou que é de um tom “What we do in the shadows”, que é uma série de vampiros com um pouco de comédia, um pouco de terror, então é isso. Eu só assumi que esse seria o tema principal e o tom que eu gostaria que os personagens passassem, e foi assim… Tô até, se tudo der certo, perto de lançar a continuação dele que também tem um trocadilho como título, e é ainda mais caótico por, no meio de tudo isso, trazer também boletim de reportagem de TV no meio de todos os outros tipos de escrita. E eu só abracei ainda mais a comédia nesse caso, tentando pontuar com alguns momentos extremamente perturbadores com descrições gore intensas. Vamos ver se esse aí também dá certo! Já vou falando que são três contos que depois vão se juntar, porque não caberia tudo de um jeito só exatamente por conta desse caos que eu decidi fazer a narrativa virar. Preciso, no momento, de três contos para conseguir dividir tudo certinho, senão seria impossível ler tudo numa mesma obra. Mas posso dizer que ele reflete muito a temática. É o “Caso B”, assim como tem o “Caso A”, vai ter o “Caso B”. Eu não sei se o próximo vai ser “Caso C”, não sei que letra eu vou escolher, já que ele é o último. Mas ele se chama “Ecos”, fica aí para vocês tentarem pegar o trocadilho, que na verdade corresponde ao local central da trama. (21:03) Ash: Queria pedir mais recomendação de anime ou mangá, o que você preferir, para quem tiver ouvindo aí conhecer uma obra que todo mundo deveria assistir ou ler. Rhobin: Olha isso aí realmente é uma pergunta difícil, porque mais de uma vez, mais de três vezes, mais de cinco vezes, eu já parei no meio de livrarias, encontrei adolescentes tentando comprar ali seu primeiro mangá ou não sabendo exatamente o que é um mangá, e passei horas recomendando coisas. Então recomendar um só vai ser difícil… vou tentar colocar em partes aqui. Pelo menos no campo dos mangás eu tento trazer obras que sejam diferenciadas, pro mínimo. A última que eu li nesse quesito que me trouxe assim muitas surpresas positivas foi “O verão em que o Hikaru morreu”, que é a história de um colega de classe… de dois amigos ali que estudam juntos, e que um dia um deles some na montanha e ele volta, mas não é a mesma pessoa, e não é humano, e é o processo do ser humano e da outra coisa misteriosa que não sabem dizer o que é dentro da obra se aceitarem mutuamente como relação tóxica. Mas também como única companhia que um ao outro podem ter. Então é um dilema ético social muito grande, mas que traz ótimas cenas de terror e reflexão para você parar e pensar sobre como você considera as pessoas antes que elas vão embora da sua vida, e como lidar com coisas como luto, ao mesmo tempo que você tem milhares de outras pessoas ali com você e… Nossa! Trocentas coisas, eu poderia falar muito sobre isso. Ash: Fica aí a recomendação do especialista. [♪ Música de transição] (23:00) Ash: É isso Rhobin, nossa entrevista tá chegando ao fim. Rhobin: Infelizmente, muito triste. Ash: Eu quero te agradecer novamente por aceitar o convite desse podcast, e pedir para você divulgar seu trabalho, suas redes onde o pessoal pode te encontrar aí, e fica à vontade para se despedir. Rhobin: Vamos terminar aqui com chave de ouro! Então, gostaria que todo mundo que está assistindo pelo menos fosse lá na Amazon procurar “Rhobin Silva”. Rhobin com RH, assim você consegue encontrar todos os livros. Principalmente dêem uma atenção e carinho a “M.V.Z. e o segundo fim do mundo”, que traz um protagonista trans… Foi uma coisa que eu quis realmente colocar como representação para pessoalmente ter algo me conectando ali com o livro, e também se vocês quiserem ver meus vídeos no YouTube o canal tá lá. Na verdade, colocando “Rhobin com RH” no Google você já acham tudo que eu fiz porque aparentemente não há outras pessoas produzindo conteúdo com esse nome. Twitter eu tô lá também sempre meu arroba é @ayzami com y… Esse daí também você pode pesquisar no Google porque só tem eu e uma pessoa desconhecida na França que colocou esse usuário dentro de um Fórum de Mangás extremamente nichento, então com certeza vou ser eu, pode ter confiança que você vai achar meus trabalhos aí. Mas deem atenção aos que estão na Amazon, porque eles são muito importantes para mim, porque eu gostaria de me destacar como escritor aí já que o mercado do YouTube de animes é extremamente mais concorrido… Mas desculpa, eu esqueci até de terminar e falar, mas o canal é “Rhobin The Bank”! Mais uma vez um trocadilho, não consigo fugir deles, e foi um trocadilho que até meu namorado fez quando eu escolhi qual seria o meu nome, então… vergonha alheia. Mas tá aí, só botar Rhobin com RH. Ash: É isso pessoal, obrigado todo mundo que ouviu até aqui, obrigado Rhobin pela participação, obrigado por todo mundo que apoia esse projeto, um beijo e até a próxima! [♪ Música de encerramento]