O que é Ecofascismo?

O termo ecofascismo se refere a uma narrativa ambiental extremista ligada ao fascismo que prega que os recursos naturais “que ainda restam” não podem ser apropriados e utilizados por grupos étnicos-culturais. Os ecofascistas acreditam que os problemas ecológicos são ameaças para a população e que a piora do meio ambiente leva à destruição de seu povo e sua cultura, usando-o como argumento para a exterminação de pessoas não-brancas e a supremacia de raça. 

Ideologia

Seus adeptos utilizam de pautas ambientais para apoiar ideais racistas e de segregação, como a anti-migração e preconceito com estrangeiros, vendo a presença desses povos como um perigo à integridade da nação e seus costumes. Propõem a violência física e estrutural contra as populações mais vulneráveis do mundo como uma solução para a “desmoralização da terra”, indispondo recursos para nações que não puderem arcar com seus próprios problemas alimentares e esterilizações em massa. 

Origem

Os movimentos nazifascistas na Alemanha e Itália se põem como cenário das primeiras raízes da ideologia ecofascista no século XX, com discursos propagados de que “raças superiores” possuíam uma ligação com a terra em que viviam.

Mesmo após a Segunda Guerra Mundial, os ideais fascistas nacionalistas ainda continuam sendo disseminados por meio dos governos populistas de extrema direita, atualmente crescentes na América e Ásia, não apenas na Europa.

Posicionamento dos movimentos ambientais

Grandes organizações ambientalistas rejeitam o ecofascismo, apontando que a extrema direita não é interessada por questões ambientais, mas que se apropriou do discurso como forma de disfarçar sua supremacia branca e seu ódio por grupos distintos.

E ainda salientam que, diferente do que o movimento prega, a superpopulação não é a atribuída pelos desafios em preservar o ambiente, e sim as emissões per capita e os grandes monopólios empresariais que visam acima de tudo o lucro, mesmo que tenha que explorar ainda mais a natureza, e que apenas por meio da reorganização das economias e práticas sustentáveis a humanidade seria capaz de reverter esse cenário.


Referências: