Me identifiquei com uma característica de um transtorno… e agora?

A globalização trouxe para o mundo o aumento da comunicação, permitindo que pessoas pertencentes a grupos que sempre foram isolados pudessem se encontrar, identificar e fortalecer juntes. Ela também permitiu que isso atingisse, positivamente, pessoas que sempre pertenceram a esses grupos, mas não tinham ciência disso, como pessoas com algum transtorno que possuem um diagnóstico tardio ou não são diagnosticadas.

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Luta Antimanicomial

A cultura da institucionalização em hospitais psiquiátricos no Brasil vem desde o reinado de Dom Pedro II, com a construção do manicômio que leva seu nome em 1852. Historicamente, a dita “loucura” é primeiro interpretada por meios religiosos, passando a ser vista como patologia de fato a partir da expansão do movimento positivista. Com esse movimento, cresce a noção da descrição e categorização da loucura, sendo necessário um tratamento que obedece a mesma lógica de males físicos, como a hospitalização. Já em 1882, Machado de Assis crítica em seu conto “O alienista” a tentativa dos psiquiatras positivistas de categorizar como doença e tratar com a institucionalização todo comportamento desviante.

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O Holocausto Brasileiro

O Hospital Colônia de Barbacena (Minas Gerais) foi o maior hospício do Brasil, sendo palco durante o século XX (20) de inúmeros casos de negligência e abuso sistematizado, levando à morte de 60 mil pessoas. O nome “Holocausto brasileiro” foi dado pela jornalista Daniela Arbex, que publicou, em 2013, um livro homônimo contendo relatos de diversos envolvidos. O caso do Hospital Colônia é um grande exemplo do descaso social e dos sistemas que exploram a vulnerabilidade de indivíduos marginalizados ou que não gozam de amplo direito, autonomia e voz. 

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