A atração por mais de um gênero está presente na humanidade há séculos de evolução, e, apesar do apagamento e preconceitos contrapondo-se à sua existência, multissexualidades existem e resistem a todo momento, diferindo-se majoritariamente em seus contextos históricos.
Mencionada pela primeira vez em 1864, a Ambissexualidade é a mais antiga das multissexualidades. Ela está diretamente ligada ao termo bissexual como conhecemos hoje, visto que a bissexualidade, anteriormente, era um sinônimo para intersexo e associada à plantas que possuiam, na mesma flor, gineceu (estrutura reprodutiva feminina) e androceu (estrutura reprodutiva masculina). Portanto, uma pessoa ambissexual sente atração por todos os gêneros, tal como pessoas bissexuais e panssexuais.
Lembrando que: ainda que muitas pessoas vejam a bissexualidade como uma sexualidade binarista, a maior e mais importante diferença entre elas são seus contextos históricos.
Somente em 1886, 22 anos depois do surgimento da palavra ambissexual como uma sexualidade, a bissexualidade torna-se parte do leque de sexualidades humanas. Consequentemente, com o passar dos anos e a popularização deste outro termo, a ambissexualidade cai em esquecimento.
Mas, certamente, não podemos ignorar sua importância durante toda a história da humanidade, pois, a partir dela, a atração entre mais gêneros deixa de ser uma patologia, ainda que muito criticada pelo conservadorismo.
Apesar de ser a mais antiga, a Ambissexualidade não é muito mencionada como uma sexualidade humana em artigos atuais. Ela é sempre mencionada no ramo biológico e botânico, entretanto, não deve ser esquecida como a chave para as demais multissexualidades surgidas posteriormente.