Omni (ou oni) significa todos, portanto a o(m)nisexualidade se trata da atração por todos os gêneros, fazendo parte do espectro multissexual, assim como pan, bi ,poli e outras.
Na bandeira, tons de rosa e azul representam espectros feminino e masculino, respectivamente, enquanto o roxo escuro agrupa identidades de gênero não-binárias.
O que difere de Bi/Pan?
Existem alguns exemplos de definições erradas na internet, como a de que a omnissexualidade é a atração dependente do gênero, ou seja, de que omnis não se consideram “Genderblind”, e que o gênero da pessoa influencia na atração.
Todas as multissexualidades se referem à atração de mais de um gênero e podem ou não ter preferências. É importante dizer que existe um número tão vasto de experiências em cada uma das multissexualidades quanto existem multissexuais. Sendo assim, a ideia de se dividir com base em diferenças é reflexo da necessidade da sociedade de classificar e catalogar a sexualidade alheia de maneira que a mesma possa entender.
Assim como a pansexualidade é diferente da bissexualidade por conta de contexto histórico, a omnissexualidade se dá pela sua origem, e pelo contexto em que foi criada. Principalmente pelo simples fato de não ter sua origem nos Estados Unidos, especificamente em Nova York.
Apesar de a Omnissexualidade ser chamada de sexualidade Tumblr, a sua origem data de muito antes disso, principalmente no ocidente. O primeiro registro dela é no poema “The Holy Barbarians” (Lawrence Lipton, 1959), onde foi citada. Apesar de parecer bobo, por se tratar de um poema, o uso do termo em um livro de 1959 demonstra não apenas que o termo já era usado nessa época, porém também que o seu significado já era entendido por toda a sociedade.
No geral, a busca pela Omnisexualidade nos leva a sites independentes, porém, quando pesquisado em línguas usadas no Oriente Médio, a busca retorna resultados um pouco mais relevantes.
É possível também encontrar o termo omnissexual sendo utilizado para descrever pessoas (principalmente mulheres) com comportamentos desviantes de forma negativa, pois já foi um termo utilizado para patologizar uma sexualidade. No entanto, assim como panssexualidade, homossexualidade, transexualidade e outros termos, este foi reapropriado, e hoje é utilizado de forma a refletir orgulho a quem se identifica assim, já que, graças aos avanços da comunidade LGBT+, a sociedade entende que nossas identidades são importantes.
Invalidar a omnisexualidade não é só apagar a identidade de várias pessoas, mas também apagar a história. É importante não pedir a ume omnisexual que use um rótulo que seja mais familiar ao seu entendimento, ou forçar a sua própria visão de sexualidade em cima dessas pessoas, tendo elas nascido no Oriente Médio ou não.
É essencial respeitar e aceitar todas as sexualidades dentro do guarda-chuva multissexual como não sendo iguais devido ao seu contexto.