Frequentemente é possível observar certa dificuldade, especialmente de pessoas não-conectadas à comunidade LGBTQ+, em fazer trabalhos, pesquisas, sites e outros materiais que venham a ser inclusivos com pessoas trans.
Normalmente, os gêneros a serem colocados são: homem e mulher. Afinal, crescemos ouvindo que homem e mulher são os dois gêneros existentes. No entanto, para tornar o seu projeto inclusivo, é necessário a quebra desses pensamentos.
Hoje em dia, é comum vermos formulários com a estrutura parecida com essa aqui:
- Homem
- Mulher
- Homem trans
- Mulher trans
- Não-binário
- Genderfluid
- Two Spirits
- Bigenero
- Pangenero e entre outros.
Apesar de ser uma tentativa de inclusão, não é o modo mais adequado e, em alguns momentos, tem o efeito reverso ao da ajuda.
1. Homens trans continuam sendo homens e mulheres trans continuam sendo mulheres.
Sendo assim, não é necessário separar homem de homem trans e mulher de mulher trans. Apenas duas opções engloba a todes, sejam cis ou trans.
2. Na nossa sociedade, tudo o que está fora de homem e mulher binário se encaixa no conceito de não-binariedade.
Termos como “bigenero”, “pangenero”, “genderfluid” e outros podem ser encurtados com a opção “não-binárie”.
3. Alguns gêneros são exclusivos de certos povos ou comunidades.
Two-Spirits, por exemplo, é um gênero exclusivamente indígena. Além de não se encaixar no nosso conceito de não-binariedade, também não se encaixa em nós. É extremamente desrespeitoso uma pessoa que não faz parte dos povos que reconhecem esse gênero utilizá-lo.
4. Opções em aberto.
Para maior inclusão, é possível adicionar a opção de escrita, onde cada pessoa digita o seu próprio gênero.
Sendo assim, para se tornar simples e inclusivo, o seu formulário pode conter apenas 4 alternativas:
- Homem
- Mulher
- Não-binárie
- Outro/Prefiro não mencionar