Quem é Charlie Martin?

Nascida em 24 de agosto de 1981 na Inglaterra, Charlie Christina Martin é uma piloto profissional trans que utiliza do destaque resultado de sua carreira para conscientizar o público acerca dos direitos LGBTQ+.

A foto está na horizontal mostra Charlie da cintura para cima. Ela é uma mulher branca e magra, com o cabelo loiro medindo um pouco abaixo do ombro, majoritariamente liso, mas com algumas ilustrações. Ela sorri levemente sem mostrar os dentes e cruza os braços. Seus olhos são azuis e seus traços são finos. Usa uma jaqueta preta com parte das mangas brancas e diversos patrocinadores. Ao fundo, uma parede preta, vermelha e branca.

Charlie começou a competir em 2006 no Hill Climb Leaders Championship, e já passou por diversas outras equipes e competições desde então. Em 2014, na European Hill Climb Championship; em 2017, na Trophee Tourisme Endurance, na qual conquistou o terceiro lugar, e na Race of Remembrance, em que garantiu o segundo lugar. Todas essas competições, que possuem grande visibilidade, acrescentaram em sua trajetória e a levaram para o ponto de destaque que se encontra hoje. 

Em 2018, durante o Desafio Ginetta GT5 e o Campeonato British GT, ela liderou uma campanha para o mês do orgulho LGBTQ+, na qual os pilotos correram com adesivos de arco-íris em seus carros. 

Em 2020, a piloto competiu no Campeonato Alemão VLN, se tornando a primeira piloto trans nas 24 Horas de Nürburgring e ficando em quarto lugar. No mesmo ano, ela participou da conferência online da FIA Fórmula E e anunciou a Race at Home Challenge, um campeonato online que teve como objetivo arrecadar para a UNICEF.

Sua carreira e vida giram ao redor do ativismo, e a atleta frequentemente está envolvida com ações beneficentes. Ela foi anunciada como a primeira embaixadora de esportes da Stonewall, uma ONG de direitos LGBTQ+ no Reino Unido, e também na Mermaids, na Athlete Ally e na Racing Pride, em 2019. 

Em suas redes sociais, Charlie Martin atua como voz ativa acerca dos direitos LGBTQ+, especialmente o das pessoas trans. Em entrevista para a Motor Sport, site de notícias sobre automobilismo, ela afirmou que “As pessoas vão dizer que não deveria ser uma grande coisa o fato de existir uma piloto transgênero, mas eu acho que é importante que pessoas nessas posições tenham visibilidade. Pessoas da comunidade LGBTQ+ estão nos esportes e em todas as áreas da vida, e elas inspiram e encorajam outras”.

Há anos, Charlie fala sobre o seu objetivo de ser a primeira piloto trans na 24 Hours of Le Mans, e em junho de 2024 ela alcançou o segundo lugar na competição. Em uma postagem no Facebook, ela expressou “Com toda a negatividade e descriminação contra pessoas trans nos esportes e na sociedade em geral, estar de pé no podium de um dos maiores eventos de automobilismo no mundo, agora assumidamente e orgulhosamente como uma mulher trans, me enche de emoção!”.


Referências


Ficha técnica

Escrita: Viktor Bernardo Pinheiro
Revisão: Nico Baladore e Lívia Figueiredo