Frida Kahlo, nascida em 1907, foi uma artista mexicana. Suas obras eram consideradas surrealistas e usualmente utilizavam metáforas a fim de expressar o sofrimento e o desejo. Ela pintava sobre a liberdade, o feminino, sentimentos e sexualidade, e a quebra dos padrões sociais da época lhe concederam um legado enquanto símbolo feminista. Suas vestimentas traziam a mesma carga de expressão própria, e sua identidade visual hoje se baseia em sua aparência, em especial seu semblante e monocelha.
Em sua vida, Frida foi favorável aos ideais comunistas. Desde sua adolescência já se identificava com o comunismo e quando adulta se filiou ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu Diego Rivera, com quem se casou. Quando esteve afastada de seu marido, com quem reatou mais tarde, Frida teve um caso com Trótski e com várias outras pessoas, inclusive mulheres, já que Frida era assumidamente multissexual, termo que abrange sexualidades que se atraem por mais de um gênero.
Ela possuía mobilidade reduzida, tendo sido diagnosticada com poliomielite aos seis anos, e aos dezoito sofreu um acidente que a deixou com uma série de lesões, sofrendo com dores pelo resto de sua vida. Apesar de ter sido uma pessoa com deficiência (PCD), essa parte de sua vida é constantemente apagada de sua história.
Frida foi uma mulher revolucionária em sua época, e seu legado permanece até hoje. Queer, PCD e militante ligada ao comunismo desde jovem, ela trouxe visibilidade com suas pautas, durante e após sua vida. Grande parte de suas pinturas eram autorretratos fazendo metáforas de sua vivência e críticas à sociedade, ela pintava sobre como negava sua feminilidade para ser ouvida, sobre as violências que sofreu em sua vida, sobre suas experiências, sua sexualidade, sua deficiência, etc.
No fim de sua vida, Frida estava em muito sofrimento. Suas lesões causavam dores muito intensas que a impossibilitavam de andar, e por isso ela utilizava cadeira de rodas para ir às galerias expor sua arte. Em sua última exposição, Frida pediu para que levassem sua cama. Ela foi encontrada morta em sua casa na manhã de 13 de julho de 1954. Um ano antes, havia confessado a um amigo que só esperava 3 coisas na vida: continuar pintando, vivendo com Diego e pertencendo ao Partido Comunista Mexicano.