Quem foi Simón Bolívar?

Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios nasceu em Caracas, atual capital da Venezuela, em 24 de julho de 1783 em uma rica família aristocrática, o que lhe proporcionou uma educação superior. Após a morte dos pais, foi enviado para a Espanha para continuar os estudos, onde descobriu as ideias iluministas que influenciaram o seu pensamento revolucionário.

Em 1807, Bolívar regressou à Venezuela cheio de ideais de liberdade e autodeterminação. Em 1810, participou ativamente no movimento pela declaração de independência da Venezuela, que ocorreu oficialmente em 1811 apesar das turbulências, incluindo uma perda temporária da independência. Em 1813, ele liderou uma campanha admirável que finalmente reconquistou Caracas e proclamou a Segunda República Venezuelana. Apesar dos sucessos iniciais, da instabilidade política e das derrotas militares, ele teve que exilar-se várias vezes, mas nunca desistiu da luta.

Ele libertou grande parte da América do Sul do domínio espanhol. Liderou campanhas militares que levaram à independência de vários países:

Venezuela: Reconquistada diversas vezes, culminando com a vitória final na Batalha de Carabobo em 1821.

Colômbia: Bolívar ajudou a criar a Grande Colômbia, uma união da Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá.

Equador: Libertado após a Batalha de Pichincha em 1822.

Peru: Libertado após as batalhas de Junín e Ayacucho em 1824.

Bolívia: O país leva seu nome e Bolívar participou da criação da constituição.

Simón Bolívar procurou estabelecer um governo forte e centralizado para manter a estabilidade da nova república. Ele apoiava o modelo republicano, mas acreditava que era necessário um governo autoritário para manter a ordem. Algumas de suas contribuições jurídicas e políticas incluem a Constituição da Bolívia de 1826, inspirada em Bolívar, que previa um presidente vitalício com poderes significativos, refletindo sua crença na necessidade de um executivo forte. E o Congresso de Angostura, no qual, em 1819, Bolívar fez um importante discurso descrevendo sua filosofia de governança e a necessidade de uma república forte, o que influenciou a constituição da Gran Colômbia.

A vida dele terminou em tragédia. Após ter renunciado ao cargo de presidente da Grande Colômbia em 1830, de enfrentar vários desafios políticos e de saúde, e ter se desiludido e exilado, Bolívar morreu de tuberculose em 17 de dezembro de 1830 em Santa Marta, na Colômbia. Ele morreu convencido de que não conseguiu unir a América do Sul em um só país.

Simón Bolívar deixou um legado duradouro como um dos maiores libertadores da história, e a sua visão e liderança foram cruciais para a independência e formação de vários países sul-americanos.


    Referências


    Ficha técnica

    Escrita: Eloíza Marcelino 
    Revisão: Lívia Figueiredo, Lara Moreno e Anna Helena Silvestre Di Iório
    Leitura crítica: Viktor Bernardo Pinheiro