O Alto Índice de Suicídio na Comunidade LGBTQIAP+

⚠️ Aviso: o texto a seguir contém relatos de lgbtqfobia e suicídio.

Considerado uma questão de saúde pública, o suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade. Entretanto, é algo complexo e deve ser debatido. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta causa de morte mais recorrente, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, entre 2000 e 2019, a taxa global diminuiu 36%. No mesmo período, nas Américas, as taxas aumentaram 17%. 

Esses números tomam proporções assustadoras ao fazer o recorte de sexualidade e gênero. Levando em consideração fatores demográficos, pesquisadores descobriram que o risco de suicídio é de três a seis vezes maior para pessoas LGBTQIA+ do que para pessoas adultas CHAPs, em todas as faixas etárias e categorias de raça/etnia.

Isso pode ser explicado pela teoria do minority stress (estresse de minorias, em português). Ela propõe que estresses sofridos de forma crônica por minorias, em decorrência de uma vida inteira de não-aceitação, rejeição, discriminação, estigma e violência, contribuem para que essa população tenha risco aumentado em sua saúde física e mental em relação ao restante das pessoas. 

Intervenções possíveis

Compreensão

Normalizar a educação sobre sexualidades e gêneros e entender ês alunes LGBTQIA+ é o primeiro passo para a prevenção do suicídio. A criação de um ambiente de apoio e culturalmente diverso é crucial para a aceitação social em um ambiente educacional.

Redução de danos

Seja em casos de suicídio, abuso de drogas ou auto-agressão, uma abordagem de redução de danos é essencial. Uma mudança radical pode ter efeitos graves, portanto,  diminuir comportamentos prejudiciais é um dos primeiros passos para a recuperação do indivíduo. 

Recursos e referências LGBTQIA+

Estudos mostram que conselheiros e professores precisam ser treinados em autoconhecimento, sexualidade e diversidade sexual consigo mesmos e com ês alunes. Pesquisadores também sugerem convidar painéis de pessoas LGBTQIA+ de faculdades ou universidades para conduzir discussões em sala de aula. A educação e pessoas de referência são potencialmente essenciais para ajudar estudantes e famílias LGBTQIA+.


Referências: