Relacionamento Queerplatônico

Na sociedade ocidental atual, os relacionamentos com base romântica-sexual e monogâmica são vistos como norma, porém existem várias formas de se relacionar. Entre as possibilidades, estão os relacionamentos que se formam através de outros tipos de atração e de outras formas, que podem ou não ser monogâmicos.

O relacionamento queerplatônico é uma forma mais flexível de relacionamento na qual não existe uma norma específica ou um “jeito certo” de se relacionar, mas vai se adaptando às necessidades das pessoas envolvidas, sendo comum através da atração queerplatônica — atração que se forma através do desejo de ter uma conexão mais profunda com alguém —, mas pode ocorrer também com outros tipos de atração.

Para fins de melhor entendimento, esse tipo de relacionamento muitas vezes é conceituado como “uma relação além de amizade, mas menos que um namoro”, que pode ser uma definição que se adequa para algumas pessoas, porém a dinâmica da relação varia, podendo ser um relacionamento que transcende a convenção de namoro ou romance, por vezes misturando características de diferentes tipos de relacionamento. Além disso, em alguns casos, ele é visto como um relacionamento a parte e não é imposto em um “ranking” com outros tipos de relacionamento, sendo excluído do sistema monogâmico.

Podem haver vários motivos para duas ou mais pessoas optarem pelo relacionamento queerplatônico, independente da atração. Esse tipo de relação é mais comum entre pessoas arromânticas e/ou assexuais, que não experienciam a atração da maneira esperada pela sociedade, mas estar dentro desses espectros não é uma regra. Muitas vezes, uma ou mais das pessoas envolvidas apenas não se sentem confortáveis em namorar ou serem forçadas a certos rótulos. 

No relacionamento queerplatônico geralmente são usados os termos “parceire” ou “companheire” para se referir à outra pessoa do relacionamento, enquanto é usado o termo “squish” para a atração queerplatônica — equivalente ao termo “crush” para outras atrações —, mas também pode ser usado qualquer termo que as pessoas concordarem sem isso invalidar seus relacionamentos. São decididas através do diálogo quais serão as expectativas do relacionamento e com o que cada pessoa se sente ou não confortável dentro da relação, incluindo quais atrações as pessoas sentem uma pela outra.

É necessário ter o entendimento de que cada relacionamento é único e existe dentro dos limites das pessoas envolvidas. O relacionamento queerplatônico não segue as normas allo-normativas e monogâmicas, e não se deve refletir as próprias expectativas e julgar a forma que parceires queerplatôniques se relacionam. 

História

A terminologia dos relacionamentos queerplatônicos apareceu em 2010 no Kaz’s Scribblings e em 2011 o termo foi apresentado por ume usuárie no Tumblr, explicando que é um tipo de relação diferente das relações comuns, fluída, que abriga vários tipos de relacionamento sem restrição por normas e regras.

Bandeiras

Essas três bandeiras são as mais comuns e usadas por pessoas queerplatônicas — que sentem essa atração ou procuram se relacionar dessa maneira. Não foram encontradas a origem e os significados dos elementos das bandeiras.


Referências:


Ficha técnica:

Escrita: Arê Camomila da Silva 
Revisão: Lívia Figueiredo; Viktor Bernardo Pinheiro