Spacey Indica – Marina Feijó

Conheça um pouquinho mais sobre a autora das obras “O Centro de Todo o Caos”, “O Pior Pesadelo de um Homem” e “Essa Festa Virou um Slasher”.

Foto de Marina Feijó. Ela é uma mulher branca de cabelos pretos. Ela veste uma camisa roxa aberta, um top cinza e uma calça roxa. Ela está em frente à uma parede roxa.

“Eu escrevo porque é o jeito que eu melhor me expresso. E a ideia de criar pessoas e mundos inteiros me faz companhia, com a escrita eu nunca estou realmente sozinha.”
Marina Feijó

Quando você começou a escrever?

Gosto de dizer que eu sou aquele clichê do escritor que se apaixonou por escrita desde muito criança. Escrevo desde que me lembro por gente, começando por poeminhas, depois passando pra histórias. Meu primeiro livro mesmo eu escrevi aos 13 anos.

O que te motiva na escrita?

Eu escrevo porque é o jeito que eu melhor me expresso. É a forma como eu consigo fazer sentido do mundo, das pessoas, dos sentimentos e eu sou uma pessoa que está sempre buscando esse sentido. E a ideia de criar pessoas e mundos inteiros me faz companhia, com a escrita eu nunca estou realmente sozinha.

Qual é a parte mais difícil do processo de escrita?

Terminar as histórias! Em outras palavras: manter o ritmo e a animação que a gente tem quando começa uma história. Ironicamente, eu amo escrever finais. Acho que é o meio que me frustra um pouco.

Qual é a sua parte favorita em ser escritora?

Sem dúvida a capacidade de viajar e viver todo tipo de coisa na minha própria cabeça! Sempre me pergunto o que as pessoas que não são escritoras ficam pensando porque aqui é 90% personagens, diálogos, cenários, enredos, e é uma delícia. Os outros 10% são ansiedade.

Qual o maior desafio na hora de trazer representatividade em suas obras?

Minha maior preocupação é com mostrar nuances e que pessoas de uma mesma minoria nunca vão ser iguais. Quando a gente fala em representatividade, cria-se uma expectativa muito grande de que todo mundo que aquele personagem representa vai conseguir se identificar com ele, e não é bem assim. Nenhum grupo social é homogêneo, a gente nunca vai conseguir representar todo mundo (e eu nem tenho essa pretensão!), e espero conseguir deixar isso claro nas minhas obras: estou representando somente pessoas individuais que, por acaso, são de um grupo social minoritário.

O que você diria para instigar alguém a ler o que você escreve?

Eu diria que minhas histórias são bem diversificadas e tem para todos os gostos! Drama, poesia, fantasia, terror, humor, tem vários gêneros! Lésbicas, assexuais, bissexuais, travesti, tem representatividade aos montes! Narrativa não-linear que vai e volta entre passado e presente, narrativa com saltos no tempo que passa por séculos, narrativa em uma única noite que se divide em dois pontos de vista, tem variedade é até na estrutura da história! Eu gosto muito de arriscar coisas diferentes na hora de escrever, então alguma coisa sempre vai chamar a atenção.

Tá trabalhando em algum projeto novo?

Estou! Um conto de baixa fantasia com romancinho sáfico. Vai ser a minha história mais levinha e fofa até o momento. E sai ainda nesse semestre (se der tudo certo)!


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