Spacey Indica – Ruan Henrick

Conheça um pouco mais dos detalhes da vida do do escritor e músico, Ruan Henrick autor do EP “Dispensável”.

A foto apresenta Ruan da coxa para cima. Ela é branca, com o cabelo castanho escuro cacheado cheio na altura do ombro, e está debaixo de uma luz amarela. Usa uma calça jeans e uma blusa preta e segura um violão com ambas as mãos, tocando o mesmo. Seus olhos estão fechados e sua boca está entreaberta na direção de um microfone em sua frente.

“Minha arte tem um tom bem intimista, tudo o que foi escrito e cantado reflete muito sobre experiências que já superei faz um tempo, mas que sempre voltam.”
Ruan Henrick

Primeiramente, quem é Ruan?

Antes de tudo, uma pessoa. Depois: artista, queer, nb, aroace, pan, escritor, cantor, futuro cientista social, um pequeno infinito dentro de vários infinitos.

Quando começou sua carreira na música?

É difícil definir bem o que é uma “carreira”, mas a primeira vez que pisei em um palco e me apresentei como artista, foi em 2018 em um evento do Sesc de Paraty. Eu devia ter uns 16 anos na época, mal sabia pegar no violão, foi um lance de coragem e amor pelo o que eu almejava ser.

Você estuda Ciências Sociais na UFF, como é conciliar o Ruan estudante com o Ruan músico?

Err… Complicado! Às vezes tenho medo de que o meu ser artista atrapalhe meus estudos, as vezes tenho medo que meu eu cientista social atrapalhe minhas artes, mas a custo do meu corpo e psicológico, eu consigo fazer os dois na beira do penhasco assim. É bom, funciona.

Você lancou o EP “Dispensável” no fim de abril. Qual o conceito dessa obra?

Dispensável foi uma reunião de canções que produzi antes de me mudar pra minha cidade atual. Algumas estavam prontas e gravadas, e só foi um processo de edição e publicação, mas uma em específico – a faixa título – foi gravada aqui na minha casa nova, na minha… Dispensa! Daí vem o trocadilho dispensa-dispensável. Mas o título também vem muito do sentimento de se sentir dispensável mesmo, de existir em um plano além do que as pessoas podem/querem ver. Eu passei por algumas coisas pesadas nos últimos tempos e, esse álbum é minha carta pra outros infinitos: eu sobrevivi e você também pode, eis aqui meu desabafo.

Entre seus singles e EPs, você tem um favorito?

Minha arte tem um tom bem intimista, tudo o que foi escrito e cantado reflete muito sobre experiências que já superei faz um tempo, mas que sempre voltam. Isso torna o revisitar dos meus EPs um lance meio pegado, é difícil reassistir algumas situações que passei, sabe? Aí com essa dificuldade de revisitar, fica difícil decidir um favorito, mas… Barking Pitilho tem Amora – minha cadela – na capa, além de amigos da escola -a própria palavra pitilho é uma piada interna desse tempo-, e isso sempre me deixa feliz. Talvez esse seja o meu xodó.


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