Spacey Indica – Ariel F. Hitz

Conheça Ariel F. Hitz, estudante de letras e escritor, conhecido especialmente pela persona de gato laranja nas redes sociais.

Quando você começou a escrever?

Eu tinha 12 anos na época. Comecei escrevendo fanfic, mas eu não sabia que o que eu fazia era chamado de fanfic, aprendi só depois. Me engajei mais ainda, por muito tempo tudo o que eu escrevi foi fanfic de Percy Jackson, porque eu queria ter mais conteúdo sobre o meu personagem favorito. Um pouco depois eu comecei a escrever histórias originais.

O que te motiva na escrita?

Eu gosto de criar coisas. Gosto também de poder escrever livros que eu gostaria de ter lido quando era adolescente. Acho que por isso quase todos os meus protagonistas são trans. É uma coisa que me influencia muito.

Qual é a parte mais difícil do processo de escrita?

Começar algo e não desistir. É muito difícil estar no meio de um projeto sem saber se ele vai ser bem recebido, se as pessoas vão gostar, ou se eu mesmo vou ficar satisfeito com o resultado.

O que você diria para instigar alguém a ler o que você escreve?

Essa pergunta é difícil. Acho que eu sempre tento escrever histórias diferentes, coisas que eu não vejo por aí. Por exemplo, eu tenho um livro chamado As cores primárias, é sobre um homem trans que está grávido. Quantos livros com homens trans grávidos tem por aí?


O autor também está para lançar um novo livro, Todas as mentiras que eu nunca quis contar, que acompanha Paulo, transmasculino e filho de um assassino em série, em uma tentativa de se ver livre das mentiras contadas por seu pai.

“Falando um pouquinho sobre o livro: Conta a história de Paulo, um homem trans que é filho de um assassino em série. O livro começa quando o pai do Paulo, que já está preso há um tempo, comete suicídio, e os jornais voltam a citar o Paulo, mas contam muitas mentiras sobre ele, inclusive que ele ajudou o pai nos assassinatos. É a história mais pessoal que eu escrevi até agora. Ela mistura narrativa com poesia e tem um protagonista que passa por muitas coisas que eu já passei (algumas eu retratei em forma de analogia, outras falei de forma mais direta).” — Ariel


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