O espectro arromântico é um termo guarda-chuva para pessoas que sentem pouca, condicionada ou nenhuma atração. Dentro desse espectro, é possível encontrar a “área cinza”, uma denominação que abrange essas pessoas experienciam a atração, mas diferente da forma esperada pela sociedade allonormativa.
A grayrromanticidade está dentro dessa área, e acolhe pessoas que experienciam a atração romântica, mas sem uma condição específica, ou de forma que está condição ou frequência não é identificável.
Ela se refere à atração romântica, não à prática romântica, isto é, uma pessoa não é impedida de namorar ou de ter relacionamentos por ser grayaro. O termo busca descrever como essa pessoa entende a funcionalidade da sua atração romântica e, por vezes, como ela se manifesta também.
A tradução do prefixo “gray” para o português é “cinza”. Em espanhol, se utiliza o prefixo “gris”, sendo possível vê-lo em algumas postagem em português. O primeiro uso do termo gris em um blog de língua portuguesa foi uma postagem sobre Assexualidade, Grissexualidade e Alossexualidade, publicada em 30 de abril de 2016, no blog Ume Garote Alternative. Na postagem, é apontado que a grissexualidade seria algo “entre alossexual e assexual […]. Pessoas que não sentem desejo sexual com a mesma frequência que alossexuais […].” Ainda que a postagem se refira à grayssexualidade, isto é, a orientação gray em relação à atração sexual, é possível relacionar com a grayrromanticidade, visto que funcionam de mesma forma. Além disso, a área cinza dos espectros arromântico e assexual não é visto pelas pessoas pertencentes a esses grupos como “meio arromântico” ou “meio assexual”, visto que todas essas identidades fogem dos moldes sociais.
A bandeira grayaro foi publicada em 21 de agosto de 2015, mas não se tem informações sobre quem a desenhou e nem sobre o significado das suas cores. Uma possível interpretação é: a faixa branca representa relações platônicas; as faixas cinzas se referem à “área cinza”; e as faixas verdes representam as pessoas arromânticas em seu sentido mais amplo, ou seja, a arromanticidade como um todo.