A linguagem neutra não consiste de apenas uma, mas sim de várias formas de ocultar os marcadores de gênero, sejam eles sociais ou gramaticais¹, durante a comunicação. Ela pode se dar, por exemplo, através do uso de termos generalizados, como trocar o uso do masculino plural genérico, por exemplo “boa noite a todos” por “boa noite a todas as pessoas” ou “sejam bem-vindos” por “boas vindas”. Há, ainda, outras formas de neutralizar uma língua , como o uso dos pronomes neutros, que vêm causando polêmica tanto no meio conservador quanto entre aquelas pessoas que são — supostamente — mais abertas a mudanças e à diversidade.
Pessoas Trans Podem ser Binárias?
No espectro de gênero, é possível encontrar o guarda-chuva binário — que contempla os gêneros homem e mulher — e o guarda-chuva não-binário, onde há todas as identidades de gênero fora da dicotomia binária. Homem e mulher são gêneros considerados binários, pois são aqueles aceitos e normativos na sociedade, entrando numa regra de “um ou outro”. Há certos grupos que defendem a ideia de que não há nada de binário na transgeneridade, já que a transgeneridade foge da caixinha binária, que está não as contempla.
O que é Pajubá?
Indivíduos possuem maneiras diversificadas de se comunicar, e essa comunicação atende às demandas de suas vidas e de acordo com as características do grupo de falantes. Convida-se o leitor a compreender as demandas linguísticas de mulheres trans e travestis que historicamente utilizam a palavra como estratégia de sobrevivência, um método que se espalhou pela comunidade LGBTQIAPN+.
Nomes étnicos
As etnias podem ser entendidas como grupos definidos historicamente através de suas interações, possuindo sua própria linguagem, forma de organização e costumes. As etnias não podem apenas ser compreendidas pela origem geográfica de um povo, já que um mesmo povo com diferentes trajetórias pode adotar costumes diferentes. As etnias podem se formar por diversos fenômenos como migração voluntária ou forçada. Elas se auto definem e são definidas por grupos externos. Já os nomes são peças chave na construção de identidades, na inserção de indivíduos em sua família e sociedade, e na identificação e continuação de sua origem e história. O nome diz respeito a individualidade de um sujeito e pode servir como uma forma de externalizar suas origens e tradições.
Representatividade LGBTQIAP+ em animações
Apesar da comunidade LGBTQIAP+ ter pouco espaço e representações escassas em diversas áreas do entretenimento, ela vem ganhando alguma visibilidade na literatura e em filmes, séries, peças, animações, etc. Nos desenhos animados a representatividade queer traz personagens e situações para o público infantojuvenil se identificar de alguma forma, juntamente com a quebra de estigmas para que, além do público aos quais elas são destinadas, famílias e outras pessoas CHAPs — cis, hétero, allo e perissexo — também possam ter alguma compreensão sobre pessoas que fazem parte da comunidade LGBT+.
Contudo, muitas dessas animações sofreram boicotes por parte do público e dos próprios estúdios, sendo que grande parte delas foram canceladas ou finalizadas precocemente por terem tal representatividade.